Legislação pode dar 2 anos de prisão a trolls no Reino Unido
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São Paulo – O Reino Unido pode aprovar uma legislação que da até dois anos de prisão para “trolls” da internet. A expressão “troll” se refere a pessoas que postam comentários e mensagens em redes sociais com conteúdo inflamatório, ofensivo ou atacando outros usuários.
A informação foi revelada ao jornal Daily Mail pelo Secretário de Justiça Chris Grayling. A nova proposta quadruplica o limite de pena. Antes, ataques na internet podiam render, no máximo, seis meses de prisão.
A possível mudança vem em um contexto de aumento de ameaças. Entre eles, o jornal cita as mensagens com ameaças de estupro à modelo Chloe Madeley, que aconteceram na semana passada.
Ela começou a receber mensagens depois de defender sua mãe, uma apresentadora de televisão. A apresentadora protegeu um jogador de futebol que foi condenado por estupro. Ela afirmou que seu crime não era violento e que não causou danos físicos.
“Esses ‘trolls’ são covardes e estão envenenando nossas vidas. Ninguém permitiria esse tipo de veneno pessoalmente, então não deve existir espaço para isso nas redes sociais”, afirmou Grayling ao jornal.
A legislação continuará podendo ser aplicada a ofensas sexuais, abuso verbal ou ameaças. O que muda é que a pena máxima pulou de seis meses para dois anos de prisão. A emenda ainda deve ser discutida no parlamento inglês. Se aprovada, ela poderá ser aplicada no País de Gales e na Inglaterra.
6 Comentários
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Nelci, obrigada pelo artigo informativo! Adorei. Olha só, esse é um problema sério também no Brasil, não sei se você conhece a Lola (ativista feminista), mas olha só o que ela enfrenta cotidianamente por seus posicionamentos:
http://www.escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2014/10/algumas-das-centenas-de-ameacas-que.html
Agora fica sempre aquela eterna questão: será que penalizar tornará as pessoas mais civilizadas na internet? continuar lendo
Marcia se a penalização se restringir a somente criar a lei, o que não é raro, não fará nenhuma diferença. Sendo punido, eventualmente, uma pessoa ou outra quando o caso "sair na mídia" ou for do interesse de alguém poderoso.
Agora, se houver responsabilização (ainda que uma multa de 100 reais, por exemplo) de quem fizer esse tipo de coisa, aí acredito que mude sim o comportamento das pessoas. continuar lendo
Lucas, eu deixaria na esfera administrativa então, com multa e obrigação de fazer um curso sobre cidadania e comportamento online. E, em alguns casos, tratamento psiquiátrico... continuar lendo
Sim....
Também prefiro esferas alternativas à penal.
O que importa é: a pena (multa, tratamento impositivo, prestação de serviços ou restrição de liberdade) deve ser suficiente para desincentivar a prática e deve existir um alto grau de expectativa quanto ao alcance dessa pena.
Por exemplo, se o troll tiver a expectativa de ser pego na taxa de 1 para 100, e a multa for de 100 reais, isso significa que cada infração custou 1 real. Nesse caso, digo que saiu de graça, o que muda se ele pagar por 80 das infrações... continuar lendo
tenho dúvidas sobre a efetividade de algo assim. A arquitetura da internet foi moldada em conceitos descentralizadores, sem ter um "centro nervoso", sem ter uma autoridade. Você não pode matá-la, controlá-la, subjulgá-la. E isto reflete na própria forma como é utilizada, de modo anárquico, acima da lei e de qualquer padrão cultural vigente. Hoje, por falta de necessidade (e falta de medo), em linhas gerais nos comunicamos de cara aberta. Mas uma lei assim, no meu ponto de vista, apenas forçaria as pessoas à usarem perfis falsos (e rede TOR) para divulgarem mensagens as quais tenham medo de sofrer represálias. Aliás, isto já ocorre nos EUA devido à paranóia do controle governamental - basta entrar no Youtube e ver que a grande maioria (quase que a totalidade) dos habitantes dos EUA que comentam usam pseudônimos e fotos falsas. Se hoje ainda existe alguma forma de identificar as pessoas é justamente por falta de leis assim. continuar lendo
o melhor de tudo foi a foto!!! kkkkkk =) mto bom o texto. continuar lendo