Ministério da Justiça tira do ar publicidade acusada de machista
Para internautas, peça culpabiliza vítimas de assédio e abuso sexual. Demais cartazes da campanha "Bebeu, Perdeu" continuam no ar.
Peça da campanha "Bebeu, perdeu" foi veículada no Facebook
(Foto: Reprodução/Twitter/JusticaGovbr)
O Ministério da Justiça tirou do ar nesta quinta-feira (5) uma peça publicitária da campanha “Bebeu, perdeu” veiculada no Facebook depois de receber duras críticas nas redes sociais.
Os usuários de redes sociais acusaram a campanha de machista e consideraram que a peça culpabiliza vítimas de assédio e abuso sexual e estimulava o bullying.
No cartaz, duas jovens segurando um celular riem de outra. A publicidade traz o texto: “Bebeu demais e esqueceu o que fez? Seus amigos vão te lembrar por muito tempo”.
No perfil do Facebook do Ministério da Justiça, a imagem recebeu cerca de 500 comentários em poucas horas, a maioria criticando a campanha. Após a repercussão, o post foi apagado e foi publicada uma retratação na página do Facebook:
"A campanha #BebeuPerdeu é muito mais do que isso. Nós nos equivocamos com a peça. Ela tem o objetivo de conscientizar jovens até 24 anos sobre os malefícios do álcool. Atuamos em políticas públicas em conjunto com a Secretaria de Políticas para a Mulher (SPM) contra a violência doméstica, o feminicídio e outras formas de violência contra a mulher. Pedimos desculpas pelo mal entendido e ao mesmo tempo contamos com a colaboração de todos na campanha", postou o perfil do Ministério da Justiça na rede social.
A peça é parte da campanha do Ministério da Justiça de prevenção do abuso de álcool e procura alertar os jovens para os riscos do seu abuso. Os demais cartazes e vídeos da campanha não foram retirados do ar.
24 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.
Não pode mostrar a vida como ela é porque isso é ser machista. Feminista é entrar em depressão e se suicidar. continuar lendo
Acho que a sociedade está cada vez mais hipócrita.
Muita gente fica reclamando de propagandas, programas, filmes e declarações de pessoas públicas, mas faz igualzinho ou até pior. continuar lendo
Achei machista dizer que a peça publicitária é machista. Por vezes há uma libertinagem enorme, outras uma censura extrema. Certo é que não sei mais os parâmetros utilizados nesses casos. continuar lendo
"Os hipócritas são como as tâmaras: o doce está fora, o mel nas palavras e o duro lá dentro, na alma." (Mateo Alemán) continuar lendo
Acho correto tirar a campanha do ar!
Outra solução seria ter uma com um garoto também.
Machismo ou não, as estatísticas não mentem, a violência contra mulher é assustadora nesse país. continuar lendo
Caso se interesse em uma opinião bem realista a respeito das estatísticas da violência contra a mulher no país, recomendo o seguinte vídeo: http://youtu.be/hxH7ZPEgjY8. É uma análise diferente das estatísticas. Como o próprio autor do vídeo menciona, "estatística é a arte de torturar os números até eles falarem o que você quer."
Concordo que a violência contra a mulher é assustadora, aliás, penso que qualquer forma de violência é assustadora e não só em nosso país, mas acontece que, às vezes, o que nos é mostrado não condiz tanto assim com a realidade. continuar lendo
Contra Mulheres, Crianças, Animais, Negros, Gays, Trabalhadores, Policiais, etc.
As estatísticas não mentem, a violência está assustadora nesse país. continuar lendo
Infelizmente Nathalia no Brasil se um garoto bebe e faz algumas idiotices é motivo de risos, ele se torna popular, com a mulher já não é tão simples, e isso se deve as próprias mulheres. eu entendi com este encarte, que a pessoa bebe e "perde a noção" e a as vezes a "memória" não está diretamente vinculada a violência contra a mulher, e sim mostrando que a violência neste caso parte de outras mulheres, não deve ser confundido com os casos em que o homem bebe chega em casa e bate na mulher que é outra coisa, este é um anuncio mau feito sobre as uma das consequências provocadas pela ingestão de álcool, já cansei de ver mulheres enchendo a cara fazendo besteira e depois se arrependendo. Já testemunhei o caso de uma moça que quando bebe vira outra pessoa totalmente diferente. continuar lendo
E pia pá lavá? Tem? continuar lendo
Tem sim sinhô. continuar lendo
Ri alto. Não consigo ser feminista. continuar lendo